Inovação: a nova necessidade das empresas

Por Alexandre Pierro

Uma pesquisa realizada pela Desenvolve SP apontou, recentemente, que mais da metade dos empresários entrevistados pretendem investir em algum tipo de inovação até 2020. Isso mostra que a preocupação em inovar já é uma realidade dentro das empresas. Diferente de muitas mudanças feitas apenas nas aparências, inovar é uma necessidade de sobrevivência, assim como foi o estabelecimento de requisitos de qualidade no passado.

Contudo, é preciso fazer da inovação algo além do discurso de vendas e marketing. É preciso aplicar ferramentas que a tornem uma prática dentro das empresas, assim como qualquer outro processo de melhoria de gestão. A norma ISO 56.002 foi pensada justamente para isso. A proposta é criar uma política organizacional e de gestão que suporte as transformações de mercado e cultive a inovação nos processos cotidianos.

Pode parecer algo contraditório, pois inovar parece algo distante de uma padronização. Mas, a verdade é que a padronização está no estabelecimento de sistemas e processos capazes de estimular a criatividade e a geração de novos produtos e serviços inovadores. Estamos sempre cheios de ideias, mas se os nossos processos não estiverem canalizados para aproveitá-las, elas não tem espaço para florescer.

Para se ter uma ideia de como a norma auxilia os processos diários é só se atentar à gestão de insights que ela possibilita. Todo colaborador tem ideias para melhorar a empresa e seus produtos. O problema é que isso quase nunca é aproveitado. As técnicas de gestão auxiliam a criar rotinas que avaliam e desenvolvem essas ideias.

Além das novas ideias, essas rotinas auxiliam toda a equipe a lidar com os problemas cotidianos e incertezas, de forma mais segura. Cria-se uma adaptabilidade e resiliência às situações. Em mundo complexo e ágil, cheio de disrupção, mapear vulnerabilidades é imprescindível.

Todo o processo faz com que a equipe colabore mais, que uma liderança visionária tenha espaço, e que a empresa cresça dentro de clientes com um propósito massivo transformador. O sentimento de pertencimento cresce dentro de cada envolvido.

Esse propósito vai além do lucro, ele alcança as mudanças positivas do mundo, e isso é importante para as novas gerações em termos de consumo e também de trabalho. As empresas são feitas por pessoas, e as pessoas são feitas de ideias e propósitos. Alinhar esses sentimentos e pensamentos nada mais é do que transformar uma empresa em algo maior, que pertence a esse novo mundo que está à nossa frente.

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